Li uma postagem de um amigo cheio de saudosismo dos veraneios em Nova Tramandaí e, como não poderia deixar de ser, minha mente imediatamente remeteu aos meus inesquecíveis verões na Tramandaí -que não era Nova como a do meu amigo, mas que era igualmente especial -.
Até a minha adolescência, 1/4 do meu ano, ao menos, eu dedicava à praia. Três meses insuficientes. Ainda lembro de passar as manhãs no mar e chegar em casa e ter o almoço preparado pela minha Vó Ivone, ao meio dia em ponto. Sim, em ponto. Sem concessões. Era um almoço sem conversas porque o Vô Antônio não curtia balbúrdias à mesa. Certamente estão no topo das pessoas que eu mais sinto saudade.
Também lembro das caminhadas na beira da praia com meu pai. Lembro que nós caminhávamos até a fronteira com Imbé, nas pedras, catávamos conchinhas (sacos e sacos de conchinhas) e depois, orgulhosos, mostrávamos pra mãe. Lembro que encontramos uma vez uma estrela do mar. Não lembro se no trajeto conversávamos ou ficávamos em silêncio procurando conchas, estrelas do mar ou caramujos no chão. Lembro só que era um momento especial.
Até a minha adolescência, 1/4 do meu ano, ao menos, eu dedicava à praia. Três meses insuficientes. Ainda lembro de passar as manhãs no mar e chegar em casa e ter o almoço preparado pela minha Vó Ivone, ao meio dia em ponto. Sim, em ponto. Sem concessões. Era um almoço sem conversas porque o Vô Antônio não curtia balbúrdias à mesa. Certamente estão no topo das pessoas que eu mais sinto saudade.
Também lembro das caminhadas na beira da praia com meu pai. Lembro que nós caminhávamos até a fronteira com Imbé, nas pedras, catávamos conchinhas (sacos e sacos de conchinhas) e depois, orgulhosos, mostrávamos pra mãe. Lembro que encontramos uma vez uma estrela do mar. Não lembro se no trajeto conversávamos ou ficávamos em silêncio procurando conchas, estrelas do mar ou caramujos no chão. Lembro só que era um momento especial.
Eu lembro da rede na frente da casa. E dos amigos da mesma rua, que eu só recordo o primeiro nome: a Cristina, de Igrejinha; a Paula e a Janaína, de Passo Fundo; o Diego, também de Passo Fundo e os "donos da azaléia", cujo nome simplesmente eu não lembro, [nem deviam ser donos, porque quando a gente é criança tudo é muito maior do que realmente é]. Também lembro do Chico. Que deu origem ao meu primeiro cacho. Um cacho chamado Chico. Desconfio que foi nessa época que comecei a ficar crespa.
E não tem como não lembrar dos momentos com a minha prima Taci, das vezes que sentávamos na esquina pra ver o movimento (cof, cof!) , quando esperávamos os nossos primos e primas (a Má e Pati) chegarem das festas, do Planeta Atlântida, das baladas que, na época, nós somente sonhavamos em ir. Entre picolés, andanças de roller pela calçada e muito crepe, nos éramos plenamente felizes!
E não tem como não lembrar dos momentos com a minha prima Taci, das vezes que sentávamos na esquina pra ver o movimento (cof, cof!) , quando esperávamos os nossos primos e primas (a Má e Pati) chegarem das festas, do Planeta Atlântida, das baladas que, na época, nós somente sonhavamos em ir. Entre picolés, andanças de roller pela calçada e muito crepe, nos éramos plenamente felizes!
Como não lembrar da Dilena nessa época? Aquela amiga de infância inseparável que a gente não desgruda nem pra ir a praia. Aquela que está do seu lado comendo pão cacetinho e batata palha com maionese em plena manhã de verão, em Tramandaí. E a Polentina? Pobrezinha. Tinha também o Luizinho, o guri responsável pelas minhas piadas preferidas (sim, lá em casa todo mundo é gordinho, foi ele que me ensinou) e por mostrar, lá no céu de Tramandaí mesmo, a constelação que parece um cara atirando uma flecha (que eu mostro pra todo mundo e só 10% dos meus amigos vê).
Acho que dá pra dizer que os meus veraneios definiram um pouco do que eu me tornei hoje. E esse texto é pra nunca me esquecer disso, antes que o esquecimento, como canta o Chico Buarque, "lance seu manto, seu manto cinzento".
Saudade é pouco.
Saudade é pouco.
Gosto muito da Vó Ivone! :)
ResponderExcluirRR, lembrei de ti quando escrevi.. quase coloquei entre parenteses quando falei da Vó Ivone(a de verdade, não a RR). Haha.
ResponderExcluirAMO! ;)
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