Ah, a insatisfação típica do homem. Nunca está perfeito e por que será? É a tendência inexorável do ser humano, negativar tudo que a vida oferece de positivo. O impulso natural de querer sempre mais e melhor, uma das grandes qualidades humanas, se converte em um descontentamento generalizado. E tudo isso, em grande escala, gera a epidemia da infelicidade.
Ninguém escapa. O contágio se dá pelo ar e não poderia ser diferente, estamos falando de energia, essa força incontrolável que se propaga através das nossas palavras, ações e pensamentos desde a hora que acordamos, até a hora do tão esperado sono. Não raro, ao longo do dia, os obstáculos ganham volume e as insatisfações conquistam o papel principal nessa peça chamada vida.
Mas, nem tudo está perdido. Há quem consiga canalizar a energia e se tornar imune ao vírus. Os jedis então ganham aliados fortíssimos que nem mesmo os sith são capazes de arrastar pro lado sombrio da força. E, pasmem, essas raras pessoas são facilmente identificáveis no cotidiano: elas elogiam muito, não julgam a vida alheia e ressaltam o lado positivo de todas as experiências, isso sem qualquer sinal de arrogância ou pretensão. Descobriram a cura da doença? Parece que sim.
Infelizmente, o antídoto não pode ser vendido na farmácia clandestina ali nos fundos da casa do vizinho. Ele só pode ser produzido por nós. Não há fórmulas certas e nem segredos ocultos a serem desvendados. A cura pode ser facilmente alcançada, basta que as pessoas enxerguem a vida pela perspectiva da sensibilidade e da emoção. Ouso discordar do nosso poeta Renato Russo, o mal do século não é a solidão, mas a eterna insatisfação.
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