quinta-feira, 30 de setembro de 2010

O DILEMA DE SOFIA


"Não se pode ter tudo! – dizia a mãe de Sofia desde que ela completara três anos de idade. “Sorvete ou chocolate?”, impunha a mãe. Sofia não entendia. Imaginava-se freneticamente mergulhando o chocolate em um enorme pote de sorvete sabor... “Hm, creme!”. Sofia apreciava o sabor aveludado do sorvete de creme e acreditava que a combinação sorvete/chocolate ficava muito mais saborosa, menos adocicada, diante de um sorvete de creme. Mas que sentido fazia saborear um sorvete de creme sem chocolate? Que sentido fazia a vida se Sofia não podia ter tudo? Teria sempre que escolher entre uma coisa ou outra quando, na verdade, eram as duas coisas que lhe satisfaziam?

Nesse conflito formou-se a personalidade de Sofia. E ao completar cinco anos, Sofia reprimia todo e qualquer tipo de desejo. “Se não podia ter tudo, então não queria ter nada”. A influência da experiência infantil sobre a personalidade adulta tomou proporções inimagináveis. Na fase adulta, ficou mais evidente, muito mais acentuado. Sofia não tomava sorvete. Não caminhava na praia. Não tinha amigos. Não saía de dentro do quarto. Era doloroso ter que escolher entre dormir e ficar acordada. Sofia ficava cada dia mais e mais triste.

Um dia, em seus muitos momentos de apenas sobreviver, Sofia conheceu César Augusto. Sofia ficou espantada, perplexa. Pensava “Como alguém pode ser César e ser Augusto ao mesmo tempo?" E tudo começou a fazer sentido. César Augusto nascera para satisfazer Sofia. Sofia podia ter César e ter Augusto. Finalmente não precisava escolher. Era a suprema felicidade. E daquele dia em diante nunca mais Sofia chorou. Tinha encontrado o sentido da vida.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

EXPECTATIVAS


- As eleições estão chegando!!!
- E daí? Qual é o motivo da empolgação?
- O novo presidente!
- Mas o novo presidente só assume em janeiro.
- Hmm. Verdade.. mas a expectativa..
- Ah sim, a mãe da frustração!
- Quem?
-  A expectativa! Mais comumente conhecida como a ação de esperar, de ter esperança fundada em promessas, viabilidades ou probabilidades.
- Hm, quer dizer que não é bom ter expectativa?
- Defina bom.
- Fácil. Um novo presidente, economia deslanchando, minha conta bancária aumentando.
- Pra tudo explodir em 2012.
- Credo! Qual é o motivo do pessimismo?
- Não é pessimismo.
- E o que é então?
- Expectativa!
- ????????

terça-feira, 28 de setembro de 2010

SOBRE O BLOG

Uma conjectura é uma idéia, fórmula ou frase, baseada em suposições ou idéias com fundamento não verificado. Para Miguel Reale, é a tentativa de pensar além daquilo que é conceitualmente verificável, mesmo na linha do provável por admitir-se a necessidade de cogitar-se de algo correlato, que venha completar o experienciado, sem perda de sentido do experienciável que condicione a totalidade do raciocínio.

Um sofisma é a falácia formal que consiste em apresentar um raciocínio dedutivamente válido quando não o é. Segundo o Aurélio, sofisma é um argumento aparentemente válido, mas, na realidade, não conclusivo, e que supõe má-fé por parte de quem o apresenta. Em outras palavras, consiste em um argumento falso formulado de propósito para induzir outrem a erro. Palavras relacionadas: engano, logro, burla, tapeação.

Da união das duas idéias nasce um blog!